POWER RANGERS - FERAS LENDÁRIAS - EP03



Atenção!!
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EPISÓDIO 03 - ACEITANDO O DESTINO

Nos últimos episódios de Power Rangers Feras Lendárias, Tyler, Alexander e Megan são encontrados pelos Rangers Bison e Rhino e levados até a cidade de Odisséia. Lá, eles recebem a notícia que o contato de Odisséia com as várias outras cidades, incluindo a cidade da Luz que os três procuravam, se perdeu. Nesse momento um novo ataque de um grupo de dronicos se aproxima da cidade de Odisséia. Para defendê-la, os Agentes Williams e Jacob são acionados. Transformando-se respectivamente em Ranger Rhino e Ranger Bison, eles partem para interceptar o novo grupo de Dronicos, antes que eles chegassem à cidade, porém, são pegos no caminho em uma armadilha e acabam sendo atacados de forma feroz e violenta. A luta se intensifica e a vida dos dois Rangers fica por um fio. Para salvá-los, devido às circunstâncias, A Sargento Miller aciona Tyler, Alexander e Megan tornado-os Power Rangers que partem para ajudar Rhino e Bison na batalha. Com a união dos cinco Rangers, a luta fica equilibrada e os Power Rangers conseguem derrotar os Dronicos e a Fera Robótica que os acompanhava. E finalmente ao voltar para a cidade, dentro da sala do centro de comando, Jacob confronta Miller sobre sua decisão.

Fiquem agora com mais um episódio de Power Rangers Feras Lendárias

Jacob já estava no corredor procurando sair do complexo do centro de comando quando, logo atrás dele, acabando de sair da sala de controle, vinha Tayler. Logo atrás de Tyler saem da sala Williams, Alexander e Megan, juntamente com o Cr Collins e a Sargento Miller.

Tyler: Ei idiota!!  — Grita ele chamando a atenção de Jacob. 

Jacob por sua vez ao ouvir o desaforo, para, leva as mãos a cintura abaixando sua cabeça, como se buscasse respirar antes de responder a altura a ofensa, então se vira e volta a caminhar na direção de Tayler. Os dois ficam frente a frente, se encarando por alguns segundos, e o clima pesa. 

Jacob: Eu!? Eu sou idiota? 

Tyler: Eu não to vendo outro revoltadinho por aqui. — Diz ele mantendo seu olhar firme nos olhos de Jacob. — Olha cara, eu não sei qual é o seu problema, mas todo mundo aqui trabalhou junto pra salvar a sua vida. O mínimo que você podia fazer é agradecer.

Jacob então desvia o olhar dos olhos de Tyler, e olha por cima dos ombros dele, fitando Miller e Collins que estavam logo ali atrás. E depois de compreender o que estava acontecendo, sorri, e volta a encarar Tayler.

Tyler: Ela não te contou nada né. — Diz ele sorrindo debochadamente. — Pra quem tava querendo sair da cidade, usar o morfador foi um erro bem grande. 

E então, o semblante de Tyler, muda de desafiador para confuso em um segundo. — Como é?

Jacob se vira voltando-se para seu caminho procurando a saída do complexo — Pergunta pro Cr Collins ou pra Sargento, do que eu estou falando. Depois vamos ver quem foi feito de idiota.

Tayler, assim que Jacob deixa o local, se vira para o Cr Collins, com um rosto que expressava clara confusão ao que acabara de ouvir. A sargento Miller, em meio a tudo isso, sai caminhando para o outro lado, enquanto ali, ficam o Cr Collins, Williams e os três novatos, se encarando. Tyler e os outros esperavam respostas e então, vendo que não conseguiria sair dali sem fornecê-las, o Coronel toma a palavra.

Cr Collins: Me sigam por favor! — Diz ele virando-se e entrando novamente na sala central. 

Em seguida Tyler, Megan e Alexander entram logo atrás dele juntamente com o Williams, e no centro da sala, com todos frente a frente, o coronel começa a explicar a situação, enquanto nos computadores, Joseph e Laura seguiam seu trabalho monitorando as atividades dos Dronicos.

Cr Collins: Quando vocês se ofereceram para se tornarem Power Rangers pra salvar Rhino e Bison — Ele olha para William, o Ranger Rhino e prossegue — a sargento Miller meio que… se aproveitou da bondade de vocês.

Alexander: Como assim!?

Cr Collins: Quando se usa o morfador, é permanente, é pra vida toda. A única maneira de quebrar o elo do morfador com o seu usuário, é se o usuário morrer.

Megan: Eu..eu não entendi.

Cr Collins: Os morfadores foram criados para proteger a cidade. Todos aqueles que os usam dedicam suas vidas a proteger Odisséia vinte quatro horas por dia sete dias por semana, sem trégua, independente de qualquer situação. Para salvarmos Bison e Rhino, ligamos os morfadores a vocês, o que significa que, de agora em diante, eles só funcionam com vocês. Se vocês forem embora…

Megan: Se formos embora a cidade ficará desprotegida. — Deduz ela já balançada pela informação que acaba de receber do Coronel.

Alexander: E vocês não poderão encontrar outros Rangers — Segue juntando as peças — A menos que o elo com a gente seja desfeito, com a nossa morte.

Tyler: Não — Interrompe — Espera um pouco! Por que esses morfadores estavam guardados esse tempo todo pra início de conversa. Vocês têm um exército de pessoas capacitadas nessa cidade. Por que ninguém quis se tornar um Ranger?

Cr Collins: Porque não os oferecemos a ninguém mais.

Tyler: Por que?

Cr Collins olha novamente para Williams, como se procurasse uma aprovação ou apoio em decidir revelar algumas informações, e então prossegue — A pouco mais de três meses, nós tínhamos a equipe de Rangers completa, mas os Rangers que usavam esses morfadores, simplesmente desapareceram em uma das  incursões para fora da cidade. 

Williams: Quando saímos para procurá-los só encontramos os morfadores. Durante os últimos meses, a maioria das nossas incursões fora de Odisséia, foi pra localizá-los. Mas agora com vocês usando os morfadores…

Megan: Vocês não tinham certeza de que eles estavam mortos, mas quando morfamos…?

Cr Collins: Tivemos a certeza. 

Williams: Quando tudo isso aconteceu, a Sargento Miller, apoiada pelo Jacob e por mim,  praticamente obrigou a todos a compactuar com uma promessa. Não testaríamos os morfadores em ninguém até encontrar os Rangers anteriores. Não queríamos acreditar na morte deles. E desde então Jacob e eu estamos lutando sozinhos, com o apoio do Centro de Comando.

Cr. Collins: Mas hoje as coisas mudaram, os Dronicos atacaram de uma forma que não previmos, e não tínhamos como ajudar os dois lá fora. Vocês estavam no lugar certo na hora certa. Nem eu nem a Sargento sabíamos se os morfadores iriam funcionar com vocês, porque não tínhamos certeza da morte dos usuários anteriores, mas quando vocês morfaram, não tivemos mais dúvidas. 

Megan: Só mais uma pergunta — Interrompe ela — Quem eram esses Rangers?

Collins e William se entreolham novamente.

Cr. Collins: O Ranger Vermelho era o Agente Jack, irmão do Jacob, e noivo da Sargento Miller.

Williams: E os outros dois eram nossos amigos desde a infância. Clare e Michel. 

Nesse instante, mesmo tendo ouvido tudo a respeito dos morfadores, Tayler os retira do pulso e os joga nas mãos do Cr Collins que surpreso, os agarra no ar. 

Tyler: Estamos presos aqui? — Pergunta ele.

Cr Collins: Não, claro que não? Mas eu esperava que diante das circunstâncias, vocês tomariam a decisão correta. — Conclui ele!!

Tyler: Boa sorte com os seus problemas. Eu já tenho os meus. — Responde se virando — Pessoal, vamos embora.

Tyler começa a caminhar, mas percebe que seus amigos Megan e Alexander não o estão acompanhando, então ele se vira para trás fitando-os novamente vendo-os ao lado do Cr Collins.

Tyler: Vocês vão ficar, não é? — Pergunta ele já sabendo da resposta.

Alexander: Tyler, você consegue fechar os olhos pra isso? 

Megan: Eles nos salvaram, nos resgataram e agora, nós temos uma chance de retribuir. Podemos ajudar as pessoas, podemos evitar que a Odisséia tenha o mesmo fim que a nossa cidade. 

Tyler: Me desculpe Megan, mas eu não posso ficar. Foi uma honra passar todo esse tempo lá fora ao lado de vocês. — Diz ele se virando lentamente, e então partindo. 

William, se vira para os dois que estavam ali, ainda não acreditando que seu amigo os havia deixado. 

Williams: Venham comigo — Diz ele passando pelos dois — Vou levá-los pra trocar essas roupas. 



Momentos depois, no terraço da gigantesca instalação conhecida como centro de comando, a Sargento Miller encontrava-se sentada em uma cadeira velha que havia ali, olhando para a vista da cidade que de dentro da sala de comando ela ajudava a proteger. Ela acabava de acender um cigarro e puxar um primeiro trago, soltando a fumaça e respirando fundo em seguida como se buscasse se acalmar.

Amanda já tinha tentado parar de fumar algumas vezes, mas toda vez que encarava uma situação de estresse, acabava voltando ao vício, fumando vários cigarros, até decidir começar a parar novamente. E o ciclo recomeçava. Ela dá mais um trago soltando a fumaça dessa vez mais lentamente, até que seu momento de silêncio e prazer proporcionado pelo cigarro é interrompido com o Coronel Collins chegando ali e parando ao lado dela. Ele puxa um caixote e se senta, contempla a vista da cidade por alguns segundos e então..

Cr. Collins: Você perdeu a compostura lá embaixo, e causou a maior bagunça. Vai ser uma bagunça difícil de arrumar.

Miller: É eu sei — Responde ela fumando mais um trago e soltando a fumaça mais uma vez — Mas que alternativa nós tínhamos? Deixar Bison e Rhino morrerem? Além do mais, se os Morfadores rejeitassem os novos usuários teríamos certeza de que Jack e os outros estavam vivos. Tínhamos que ter feito isso muito antes. Evitaria meses de sofrimento pra todos nós.

Cr. Collins: E arriscar tornar Rangers pessoas que não fossem adequadas à missão? — Ele pergunta retoricamente — Aliás, foi exatamente isso que aconteceu. Contudo, nós dois sabemos que não foi só isso que impulsionou sua decisão. — Responde olhando para ela — Você se deixou levar pela emoção e ainda enganou três jovens incentivando-os a usar os morfadores, mesmo sabendo no que isso implicaria.

Miller: Eu não forcei ninguém? — Fala ela num tom mais ríspido.

Cr. Collins: Eles usaram aqueles morfadores porque não sabiam que ficariam presos a eles. Eles só queriam ajudar e agora eles se sentem presos a cidade, se sentem responsáveis. — Diz ele olhando para a vista da cidade novamente. — Se soubessem que ficariam presos em uma jornada que não é deles, talvez eles nem tivessem cogitado a possibilidade de usá-los. E agora temos um Ranger nervoso e com o foco comprometido, e outro que não aceita o se tornar o um Ranger, ligado a um dos morfadores nos impossibilitando de encontrar um candidato mais adequado.

Miller: Os outros dois vão ficar? — perguntou ela virando-se para o Coronel enquanto joga a bituca de cigarro no chão e pisa sobre ela para apagá-la.

O coronel então respira fundo e se levanta — Não temos que nos preocupar com Williams. Megan e Alexander parecem tocados emocionalmente com nossa situação e vão nos ajudar no que puderem, por enquanto, eu acho. — Ele sai caminhando — Vá atrás do Jacob e resolva essa situação. Eu vou tentar falar com o Tyler. 

Sozinha novamente no terraço, ela tira do bolso de seu terninho a carteira de cigarros, sacando mais um. Quando ela vai pegar o isqueiro para acendê-lo, ela olha para a aliança em sua mão direita, uma aliança dourada com uma pequena pedra em seu centro. Ela contempla a aliança por alguns segundos, joga o cigarro que pretendia fumar no chão e sai do terraço.


As ruas da cidade de Odisseia eram praticamente todas iguais, estruturalmente falando, as ruas que tínhamos em cidades como São Paulo, Nova York, entre outras do mundo, com carros que circulavam pelas avenidas de um lado para o outro e com prédios e arranha-céus com conglomerados de empresas que empregavam as pessoas, todas essas empresas produzindo e fornecendo coisas que eram utilizadas para o bem maior de toda a população de Odisseia. As pessoas em Odisseia seguiam suas vidas normalmente enquanto o Centro de Comando e toda sua estrutura militar encabeçada pelo Coronel Collins protegia a cidade.  

Depois de percorrer por uma de suas avenidas principais em sua moto, Jacob vira em uma rua à direita saindo da avenida e parando em um estacionamento em frente a um bar. A placa acima da porta dizia Alpha’s bar. Já havia ali outras motos e outros carros parados, o que significava que o bar na região era altamente frequentado. Jacob remove seu capacete colocando-o no guidão da moto e em seguida acessa o recinto passando pela porta. Uma música em som baixo tocava no local. Muitas pessoas espalhadas pelo ambiente, algumas sentadas em suas mesas conversando, outras jogando sinuca, outras poucas paradas sentadas na frente do balcão bebendo seus drinks. O lugar usava pouca iluminação elétrica, se mantendo a meia luz a maior parte do tempo, com a maior parte da iluminação entrando pelas janelas que circundam as paredes ao longo de todo o estabelecimento. 

O Alpha’s Bar como era chamado, era o entretenimento preferido da maioria das pessoas da cidade, principalmente de agentes da infantaria, e Jacob sempre gostou de frequentá-lo. Logo que entra, ele vai direto para o balcão se sentando em um dos bancos imediatamente chamando a atenção de Ernie, o Barman e dono do local. Ernie era um homem grande, tinha cabelo preto bem curto e barba por fazer, olhos castanhos e era um tanto acima do peso. 

Ernie: Cara!! — Diz ele abrindo um belo sorriso — Você tá péssimo!!!

Jacob: É cara! Digamos que hoje não ta sendo um bom dia!! — Diz ele apoiando os cotovelos no balcão. — Me dá alguma coisa forte pra beber, o mais forte que você tiver ai.

Ernie: Olha cara — Colocando o pano de limpeza sobre os ombros — Eu adoraria servir você mas você sabe como é né!! — Ele se aproxima do balcão se abaixando um pouco ficando com o rosto na frente de Jacob, como se fosse contar algum segredo. — Da última vez que você e o Williams beberam aqui, causaram a maior confusão. 

Jacob: Aqueles caras começaram!! 

Ernie: É, mas a Sargento Miller prometeu fechar o meu Bar cara. — Lamenta ele.

Jacob: Você sabe que ela nunca faria isso. Todo mundo sabe que ela bebe aqui também. Vai Ernie, por favor!! — Súplica ele. — Só uma bebida e eu prometo que vou embora. 

Ernie reluta, mas se afasta do galpão pegando uma garrafa, colocando um copo na frente de Jacob e enchendo-o com a bebida alcoólica que o Ranger tanto queria. 

Jacob: Um pouco mais por favor. — Diz segurando a garrafa impedindo que o simpático Barman pare de encher o copo.

Ernie: Você é um Ranger cara, tinha que ficar alerta o tempo todo. — Diz Ernie reprovando a atitude de Jacob. — Se alguma coisa acontecer e você estiver bêbado a cidade toda fica em perigo. — E então deixa a garrafa.

Jacob dá o primeiro gole, e vendo que foi completamente ignorado, Ernie se afasta para o outro lado do balcão para atender a outro cliente. 

Alguns minutos se passaram enquanto Jacob ficou ali no balcão, e apesar daquele primeiro gole ter insinuado uma possível embriaguez como um objetivo do Agente, ele não bebeu mais. Ficou ali parado, deixando-se levar pela música suave de som agradavelmente baixo que tocava ao fundo, enquanto suas lembranças vagavam pelos últimos acontecimentos de sua vida. Jacob sempre achou que encontraria seu irmão vivo. Ele sempre admirou seu irmão e se tornou um Ranger para seguir o caminho dele, o antigo Ranger Falcon. Quando seu irmão desapareceu, seu mundo desabou. Quando viu Tyler usando o uniforme de Ranger Falcon, lutando lá fora contra os Dronicos, seu estômago se revirou. Parece que finalmente ele seria obrigado a viver o luto que se negava por achar que seu irmão ainda pudesse estar vivo. Seus pensamentos são então finalmente interrompidos pela aparição de Amanda Miller ao lado dele.

Jacob: Essa não — Diz ele demonstrando insatisfação por ela estar ali. — O que você quer?

Miller: Nós precisamos conversar.

Jacob se levanta — Ernie, põe na conta — e sai com o copo na mão. Não contente com a atitude do subordinado, Amanda também se levanta e segue atrás dele. Jacob passa pela porta e logo em seguida Amanda também.

Miller: Jacob, Para! Eu preciso falar com você!

Jacob: Não tem o que conversar  — Diz ele se virando violentamente, colocando seu rosto na frente do rosto da Sargento. — Você!! Você quebrou a nossa promessa. Você desistiu dele, do seu noivo, do cara que te amava!! — E Então se afasta. 

Miller: Eu nunca desisti do Jack! Você sabe o quanto ele era importante pra mim. Mas eu não podia perder… — Ela exita — Eu não podia deixar vocês morrerem. E aqueles garotos apareceram ali do nada. Eu não tive escolha.

Jacob: Teve escolha!! Você teve escolha! — Retruca ele voltando a se aproximar da mulher — Nós temos protocolos exatamente pra esse tipo de situação. A verdade é que você desistiu de achar o Jack. 

Miller: O Jack está morto Jacob!! — Grita ela!! — Ele está morto. Todos eles estão mortos. E já está na hora de você lidar com isso.

Jacob: Nós não sabíamos disso!! — Grita ele retrucando a mulher — Não sabíamos!

Jacob dá alguns passos para trás, deixa o copo de bebida que trazia na mão cair, respira fundo e tenta se acalmar — Graças a você… agora nós sabemos. — E então Jacob se afasta novamente.

Lentamente, Amanda MIller se aproxima de Jacob, levanta sua mão buscando o rosto do rapaz, que de forma leve e serena tenta desviar. Amanda insiste. Sua mão toca o rosto do rapaz que fecha os olhos sentindo a pele da mão da mulher em seu rosto e então se afasta novamente. 

Amanda então afasta sua mão — Eu entendo sua revolta. O fato de não ter ninguém usando o Morfador do Agente Vermelho, sempre foi uma esperança para todos nós que talvez o Jack ainda estivesse vivo, mas ele não está. Eu não tinha desistido dele quando entreguei o Morfador pra aquele rapaz, eu só não estava pronta pra desistir de você! 


Em outro ponto da cidade, Tyler caminhava pelas ruas tentando encontrar o caminho de volta para o portão da frente da cidade. Ele já havia passado pelo portão da outra vez quando saiu para ajudar Bison e Rhino do lado de fora, mas agora, desmorfado e sem as diretivas da Sargento Miller, encontrava-se completamente perdido. Caminhando pelas calçadas da cidade, passando em frente de lojas e estabelecimentos, parecia completamente deslocado, em uma realidade que não lembrava em nada a cidade de onde ele saiu com seus amigos. E claro, ele também percebeu que as pessoas o olhavam como se ele fosse um estranho, e ele era, e não demorou muito pra ele perceber que o que chamava tanto a atenção das pessoas para ele eram nada menos que os trapos que ele usava como roupas. 

Tyler: Ei senhor — Acena para um idoso que vinha a sua frente na calçada — O senhor sabe me dizer como eu chego no portão de saída da cidade? 

Com receio do homem estranho que se apresentava à sua frente, o “bom velhinho” prontamente desvia de Tyler e segue seu caminho. O rapaz não desiste e agora tenta falar com uma moça que vinha de mãos dadas com uma criancinha de uns cinco anos, que ao ver o rapaz vindo em sua direção, pega a criança no colo e passa por Tyler correndo deixando-o com a mão estendida.

Tyler: Que droga!! — Lamenta ele — Não importa o século ou qual problema a sociedade enfrente, as pessoas sempre vão te julgar pelo que você veste.

Nesse momento, virando a esquina, um carro vem em direção a Tyler que se mantinha caminhando pela calçada. O veículo era um modelo Hummer Humvee Militar na cor verde, meio empoeirado, e que para ao lado do rapaz. A janela de uma das portas é baixada e o Cr. Collins se revela para Tyler.

Cr. Collins: Entra ai, eu levo você até a saída. — Convida!  

Tayler olha para dentro do carro, olha para a rua vendo que as pessoas ainda o olhavam de forma diferente, e olha para o Coronel novamente.

Cr. Collins: Já faz muito tempo que as pessoas dessa cidade não veem uma pessoa vinda de fora — Explica ele — É natural que elas estranhem você. Entra no carro e eu te levo em segurança até a saída.

Vendo que não havia muito para onde correr, o rapaz abre a porta do passageiro e entra se acomodando no veículo fechando a porta. Em seguida, o Cr. Collins começa a rodar com o veículo lentamente, o mais lentamente que ele poderia dirigir sem fazer o carro morrer, buscando ganhar tempo para conversar com Tyler.

Cr Collins: E então — Fala enquanto dirige — Você vai mesmo embora. Vai deixar seus amigos pra trás.

Tyler: Alexander e Megan se sentiram responsáveis pela sua cidade quando você contou sobre o que aconteceria se fossem embora. — Retruca ele olhando para frente. — Eles colocam as necessidades dos outros acima das deles. Eles são assim.

Cr Collins: E você não é. — Gira o volante fazendo o veículo virar uma esquina.


CENTRO DE COMANDO - ALA DOS QUARTOS DOS AGENTES

William vinha por um dos corredores da ala dos quartos dos agentes que trabalhavam no centro de comando, ele tira do bolso uma espécie de cartão, e o encosta em um sensor ao lado da porta, e a porta se abre automaticamente revelando uma decoração com guarda-roupas, cama, uma mesa encostada em uma das paredes paralela a parede que ficava a cama. 

Williams: …E esse aqui Alexander pode ser o seu quarto — Fala entregando o cartão para o rapaz — Você pode trocar de roupas aqui. — E também entrega algumas roupas civis para o novo morador. — E aqui Megan está o seu cartão de acesso, seu quarto fica no próximo corredor, na ala feminina. Você pode decorar como quiser. 

Megan: Obrigado!! — Ela agradece com um olhar meio cabisbaixo. 

Williams: Vocês estão preocupados com o Tyler, não é? — Pergunta ele.

Megan: Tyler é nosso amigo, e deixar ele ir sozinho lá pra fora…eu não consigo deixar de me sentir meio culpada sobre isso.

Alexander: É — Complementa o argumento — Eu também não, mas o que está acontecendo aqui em Odisseia é algo que a gente não pode ignorar, você não acha Megan?

Megan: Sim, mas…Eu queria que o Tyler tivesse ficado com a gente, ia ser bem mais fácil aceitar tudo isso.

Nesse momento, uma voz de mulher é ouvida através do sistema de rádio do Centro de Comando.

— “Aqui é a Laura, da sala de controle. Temos uma infiltração, repito, temos uma infiltração. Código 10, Repito Código 10…"

Williams e agora os dois novos Rangers saem correndo dirigindo-se à sala de controle. Ao entrar na sala, os três se deparam com Laura a frente de um dos computadores, enquanto Joseph a frente de outro analisava a situação.

Com seus HeadSets que lhes permitiam a comunicação com qualquer um dos sistemas de áudio do centro de comando, e em suas cadeiras flutuantes, eles faziam um trabalho impecável monitorando e buscando informações.

Joseph: Eu…eu..não entendo. Como pode haver infiltração se nós não tivemos nenhum sinal de ataque aos muros, aos escudos ou aos portões — Dizia enquanto fazia uma varredura pelos sistemas de segurança da cidade.

Laura: Aqui é do centro de comando! — A garota segue informando a todos — Temos uma infiltração no setor G. Código 10, repito, código 10. Todos os agentes de infantaria que estiverem próximos a esse local devem se dirigir para lá imediatamente. Contenham a infiltração. 

Williams: Não adianta ficar aqui — Diz ele se virando para os dois Rangers — Vamos pegar um dos veículos e ir pra lá imediatamente. 

Os três saem correndo abandonando a sala deixando Joseph seguindo com as análises dos inimigos através das câmeras de segurança do local, enquanto Laura aciona todos os agentes da infantaria que podia.

No estacionamento do Alpha’s Bar, Jacob que se encontrava ali sentado enquanto Amanda estava ao seu lado, ouve pelo rádio acoplado ao cinto de Amanda, as chamadas de Laura para a eventual invasão. Jacob se levanta imediatamente olhando para Amanda.

Miller: Vai agora!! — Diz ela para o Agente que não pensa duas vezes, vai em direção a sua moto, coloca o capacete, monta o veículo e sai em disparada enquanto Amanda volta para seu carro, visando voltar para o centro de comando.

De dentro do Hummer Humvee dirigido pelo Coronel, e que estava se dirigindo para um dos portões da cidade, do rádio do carro, foi possível ouvir as chamadas de Laura para o perigo que se mostrava. 

Cr Collins: Eles invadiram a cidade. Eu não contava com isso.

Tyler: Alexander e Megan vão pra lá não vão? — pergunta ao Coronel que balança sua cabeça positivamente.

Tyler: Eu…eu não posso deixar os dois sozinhos. Vai pro setor G! Agora!!

O sargento sorri, acelera o carro e sai em disparada pelas ruas da cidade.

Cr Collins: Se segura! — Diz ele enquanto dirige!.

No setot G, saindo de um buraco no meio da área industrial da cidade, vinham diversos Dronicos comuns, e caminhando logo atrás deles, um em específico, diferente de todos os Dronicos já enfrentados pela cidade de Odisséia até então..


Continua ...>>

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5 Comentários

  1. Grande Rodrigo!

    Como é bom vê-lo produzindo novamente!

    Estava sentindo falta desses diálogos densos entre os personagens (uma de suas marcas registradas).

    Como sempre, fabulosos!

    Aqui, nesse episódio, o drama de Jacob é revelado , mostrando a sua negação em compreender que seu irmão já não mais está vivo.

    Mesmo agindo com certa impulsividade e rebeldia, na hora da "vamo ver" , ele se se coloca a disposição.

    O senso de responsabilidade fala mais alto.

    O mesmo vale para Tyler.

    Isso eu curti muito muito!

    A equipe, recém-formada, terá um desafio grander pela frente com essa invasão relatada no final do episódio e que serviu como gancho!

    Que você continue a produzir mais e mais e nos presentear com a genialidade e trabalhos bem feitos como este!

    Belo retorno!
    Parabéns!

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    1. Fala Antonio, muito obrigado por seu comentário. Espero que continue curtindo a saga.

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  2. E eis que volta um dos únicos produtos dos Power Rangers que eu consigo consumir!
    Queria muito que, lá no começo, tivessem feito algo assim... Daí talvez eu tivesse gostado dessa franquia.
    Mas foquemos nesse excelente capítulo.
    Gostei muito de como os personagens foram trabalhados, principalmente Tyler e o Jacob, cujas explosões de raiva foram totalmente justificadas e os humanizaram a níveis absurdos.
    Espero que os demais também tenham seus momentos de brilho e desenvolvimento, assim como espero que as forças de defesa de Odisseia consigam, de alguma forma, fazer alguma retratação com os jovens que eles enganaram.
    Adorei o modo como você está montando os problemas que a equipe vai enfrentar para se tornar uma equipe de verdade... Dá prá se desenvolver e seguir por inúmeros caminhos.
    Parabéns pelo excelente novo capítulo!

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    1. Grande Norberto, Obrigado por prestigiar meu retorno, se podemos dizer assim. Esse capítulo acabou corrigindo algumas pontas soltas que deixei no capítulo anterior. Ainda tem algumas coisas pra acertar, mas espero conseguir encerrar mais uma saga de forma coesa e agradável aos leitores. Ter seu comentário e de outros como os do Lanthis, o do Antonio e de todos os outros Fictors me ajudam nessa tarefa. Obrigado meu amigo!!

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  3. Simplesmente fantástico acompanhar esse retorno tão esperado, e pra melhorar tudo, foi excelente acompanhar a continuidade dessa trama! As temáticas envolvidas são tensas, irmão morto (sem bem que tem uma pulga atrás da orelha aqui), noivo morto, sargento com envolvimento com o soldado, cidade ao estilo "Attack on titans" sem contato com mais pessoas que ainda restaram naquele mundo, isso tudo dá um caldeira perfeito de possibilidades... Legal também, é que inversamente ao que aconteceu na série base, "os últimos serão os primeiros", se é que me entende, trazendo Rhino e Bison primeiro e usando os demais como "os seguintes", pelo menos nesta segunda formação, modificou o que aconteceu originalmente e criou uma inovação bem legal e bem interessante! Achei muito legal a homenagem ao Alpha com o bar e me senti bem empolgado com a leitura, visualizando o lugar meio que como na saga Evangelion, onde sempre tinha uma equipe de prontidão para responder aos ataques dos angels! Agora com a invasão, é provável que Tyler veja coisas que o convençam ao trabalho de Ranger, assim como pode ser o início de uma união entre as equipes recém unidas, mas aproveitando o gancho da invasão, eu tô bem desconfiado com a suposta morte do irmão do Tyler... Se seguirmos a ideia original tivemos algo parecido, será que teremos aqui também "amigos, porque venderam suas almas ao demônio?" Ou será que algo pior ainda que a morte aconteceu aos três rangers desaparecidos? Somente tendo acesso ao novo episódio poderei descobrir, mas cara, ficou muito bom, curti muito a leitura e a condução dos trabalhos! Meus mais sinceros parabéns pelo trabalho e, parabéns pelo retorno triunfal! Grande abraço meu amigo!! \0/

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