Power Rangers - Mundo Sombrio - Parte 01



PLANETA AQUITAR - ANO 3045

A invasão havia começado a algumas horas. Quando a invasão teve seu início, Aquitar estava completamente despreparada e pega de surpresa, seus defensores foram caindo um a um. Os oficiais da Armada de Proteção do planeta eram aniquilados assim que se aproximavam dos monstros invasores, que sob o comando de um outro mais monstruoso que eles escondido nas sombras, matavam, explodiam e aniquilavam qualquer forma de resistência em meio ao combate desigual. Os Aquitarianos indefesos, com crianças sendo puxadas pelas mãos ou em colo, corriam como se suas vidas dependessem disso, e elas dependiam.



Não havia mais lugar em Aquitar onde se esconder, não havia mais nenhum lugar seguro para onde ir, pois os monstros já conheciam o pequeno planeta e sabiam exatamente onde ficava cada pequena fresta que poderia abrigar aqueles a quem eles ja consideravam suas vítimas em potencial. Os oficiais da Armada de Proteção, com suas metralhadoras lasers e seus uniformes de proteção, lutavam como e o quanto podiam, mas bastava uma rasante dos monstros alados com suas asas que pareciam constituidas de uma lâmina tão afiada que poderia cortar o mais poderoso dos aços, e cabeças eram decepadas, braços eram arrancados, troncos eram separados de seus corpos partindo-os ao meio. De suas bocas, os monstros, espalhados pelos quatro cantos do pequeno planeta sopravam baforadas e mais baforadas de chamas que explodiam tudo o que tocavam fazendo escombros caíram aos montes pelo solo, levantando uma cortina de poeira tão forte que o céu escureceu tamanha a quantidade de fumaça e cinzas que subiam pelo ar arrastados pelos ventos. Mas o planeta ainda tinha uma esperança de resistir a essa invasão, ou ao menos, ter uma chance de lutar contra ela. Os Rangers de Aquitar, espelhados pelo pequeno planeta, lutando contra os alados, com suas espadas em mãos desferindo golpes certeiros, saltando e desviando de ataques, repelindo as chamas disparadas por eles, salvando assim a quem podiam.


Os monstros, por sua vez, comandados por alguém ainda nas sombras, eram mais ágeis, mais rápidos, mais fortes e em grande quantidade, derrubá-los acabou se tornando uma tarefa árdua, tarefa essa em que os Rangers de Aquitar, como assim eram conhecidos pelo universo, começaram a falhar. O Ranger Amarelo, acaba saltando de um morro caindo em meio a uma clareira de escombros e rochas. Muitos monstros acabam pousando ao redor dele cercando-o sem que o mesmo tivesse alguma chance de reação. É quando os monstros disparam suas bolas de fogo de suas bocas que voaram em velocidade atingindo o corpo do ranger que mesmo com sua roupa especial, acabou sofrendo várias explosões em sua estrutura, uma delas dilacerando seu braço direito e destruindo completamente seu traje levando-o ao chão em uma poça de sangue, e com os olhos arregalados, enquanto sua vida se esvaía junto ao líquido vermelho. 


Já a Ranger Branca passa por um dos monstros alados cortando-o e decepando suas asas, da um salto de um morro de escombros em cima de outro que passava por ali em velocidade voando aleatoriamente. Ela pousa em cima do monstro e crava a espada em seu crânio fazendo-o despencar do céu e cair junto com ela. O monstro se choca violentamente com o solo, fazendo a Ranger saltar de cima dele dando uma cambalhota pelo chão. Quando ela se levantou pensando em continuar o ataque contra os monstro, uma forte explosão acontece e o corpo da Ranger é jogado ao ar perdendo completamente a conexão com a gravidade, e nesse momento, outro monstro passa voando pela frente, e com sua asa esquerda, desfere um golpe que abre um rasgo na cintura da garota alien, em seguida outro que passa por trás, desfere mais um golpe dilacerante e preciso arrancando do corpo da garota a perna direita com o corte na altura da coxa, e o corpo dela cai contra o solo violentamente. Não houve tempo nem para respirar, pois uma gama infinita de monstros alados atacaram de uma só vez consumindo o corpo da Ranger o estraçalhando de forma voraz. 


Em outro ponto, o Ranger Azul tentava se manter lutando contra os monstros em solo, chamas eram cuspidas contra ele que dava cambalhotas e mortais pelo ar escapando dos ataques, desviando de forma eficaz e retalhando com sua espada aqueles que se descuidaram depois de uma tentativa de acertá-lo. Tal estratégia poderia ter alcançado êxito em mantê-lo na luta, não fosse uma das naves invasoras parar bem em cima de seu cenário de batalha e disparar um poderoso raio tão devastador, que varreu, não só os soldados da linha de defesa de Aquitar mais próximos juntamente com o Ranger, mas também diversos monstros que ali estavam. O corpo do Ranger quicou por algumas vezes no solo até cair em um precipício e ainda no ar, ser agarrado por vários outros monstros que ao puxarem ele para lados opostos, destruíram seu corpo por completo fazendo sangue e partes de seus órgãos internos caírem espalhados enquanto cada monstro voava para um lado. 


Ao Ranger Preto, que enquanto lutava e tentava se manter vivo, restou apenas assistir, durante a batalha, os amigos de equipe serem trucidados sem a menor chance de defesa. O Ranger então desfere seu último corte com sua espada partindo ao meio um dos monstros alados em solo a sua frente. Quando as partes do monstro caem se dividindo a sua frente, seu campo de visão se abre para o que era um exército de monstros alados que vinham de várias partes do céu escuro e pousavam a sua frente. Ele então ergue sua espada mais uma vez se preparando para o que seria a última investida em batalha da sua vida e com ela empunhada, corre para cima da multidão de monstros alados. Os monstros um a um vão partindo do chão e voando para cima dele, e depois que aquela quantidade exorbitante de monstros passam por ele, só foi possível ver o que sobrou de seu corpo caindo embebido em sangue, ao chão, sem vida.


Em outro ponto de Aquitar, um Ranger Vermelho corria em meio às explosões, desviando de ataques de monstros que descia dos céus tentando atingi-lo com suas asas cortantes. O ranger trazia puxando pela mão uma garota enquanto segurava sua espada com a outra. A garota era jovem, com traços que em nada lembravam os traços daqueles nascidos naquele planeta, muito pelo contrário, suas feições eram completamente humanas. Ela usava uma calça de couro preta, uma bota que subia até a metade da canela, seus olhos eram castanhos e os cabelos lisos amarrados em “rabo de cavalo”, deixavam cair a frente do rosto uma mecha lisa que descia até a altura de sua bochecha. A garota trazia consigo, segurando com o braço prensando a sua cintura, uma caixa, uma espécie de baú, e enquanto o Ranger Vermelho a puxava pela mão tentando fazê-la acompanhar sua velocidade, ela ia assistindo a sua volta, os soldados de Aquitar caírem um a um, explodidos, dilacerados, alguns inclusive, ainda vivos depois dos ataques dos monstros e das naves, implorando por ajuda, que infelizmente ela não poderia conceder. 


O Ranger Vermelho corta mais um monstro a sua frente, protegendo a garota, e quando ele pensa em continuar sua corrida, uma poderosa explosão acontece e os corpos de ambos são arremessados pelo ar. A garota se choca contra uma pilha de destroços enquanto instintivamente se agarrava ao pequeno baú para protegê-lo, enquanto o Ranger Vermelho cai um pouco mais abaixo dela. A fumaça era intensa, e a poeira sufocante. Seus ouvidos ainda estavam zumbindo por conta da explosão tão próxima que a arremessou. Quando seus sentidos voltam a dar a ela algum tipo de noção do que acontecia, eis que ela vê a sua frente enquanto se levanta, o Ranger Vermelho, caído de peito ao chão, enquanto um outro ser, diferente dos monstros alados, trajando uma armadura negra constituída de pesados adereços, pisava sobre suas costas. O monstro tinha ombreiras e peitoral com pontas de ossos que saiam de dentro dela. Trazia consigo um escudo da mesma cor da armadura, esse por sua vez possuía três caveiras em relevo. Seu rosto parecia um rosto em decomposição com uma pequena camada de pele por cima do que aparentava ser uma caveira, com olhos em vermelho intenso.


Ele segurava uma lança com correntes em volta do cabo, que a prendia em seu braço direito, com a ponta virada para baixo, mirada bem em cima da nuca do ranger. A força que o monstro exerce contra o ranger ao chão era tão poderosa, que ele mal conseguia respirar, e consequentemente, também não conseguia se mover. É nesse momento, que em meio a um planeta completamente destruído, em meio aos corpos de vários mortos, em meio ao cheiro de sangue e carnificina no ar, que os olhos do monstro brilham num vermelho muito mais intenso que antes, e todos os monstros alados espalhados pelo planeta, começam a vir de todas as partes, e pousar logo atrás dele, e quando todos os monstros pousam, e logo em seguida se ajoelham perante seu mestre, eis que o silêncio se faz até que o intimidador ser a frente da garota, resolve se pronunciar, revelando seu objetivo.




Necromor: As moedas do poder!! Entregue-às. 


O ranger embaixo do pé do monstro tenta desesperadamente se livrar, em vão, lhe restando a ele apenas a possibilidade de usar suas palavras para impedir que a garota, por conta do medo de perdê-lo, entregasse o baú com as moedas para seu inimigo.


Ranger Vermelho: Não entregue a ele. Você...você tem uma missão...É por isso que eu escolhi você...Por que eu sei...que você pode.


Os olhos da garota se enchem de lágrimas. Ela queria correr para o seu oponente e entregar o baú com as moedas do poder, se isso fosse fazer com que ele parasse sua investida contra Aquitar, se isso fosse fazer com que ele saísse de cima de Aurico, o Ranger vermelho a quem ela aprendeu a amar como um pai. Mas ela sabia que o planeta no qual ela foi criada estava condenado, ela sabia que se entregasse as moedas, seu pai não estaria salvo, e ela sabia que a única chance do universo, era entregar as moedas a quem elas eram de direito. Então ela levantou a cabeça, limpou as lágrimas e olhando para o homem com armadura forrada de ossos…


Alpha: Não!


Necromor: Sabe qual o problema de vocês heróis? É que mesmo no fim, vocês ainda acham que há esperança.


É nesse momento que Aurico, ao pressentir seu destino sendo traçado, ainda no chão, joga sua espada na direção da garota, e enquanto a espada voava para cair próximo a ela, houve tempo para que a garota enxergasse por baixo daquele elmo vermelho, os olhos de seu pai Aurico uma vez mais, antes do tridente do monstro descer em velocidade e cravar no crânio do ranger vermelho de Aquitar, estraçalhando seu elmo e o levando-o a morte instantânea


Alpha: NÃÃÃÃÃÃÃÃÃOOOOOOOOOO!!!!!


No desespero a garota se abaixa para pegar a espada. O monstro da armadura de ossos da a ordem levantando os dedos indicador e anelar, fazendo assim uma tropa de monstros alados avançarem contra a garota. Quando ela encosta na espada algo acontece. Raios a envolvem, uma luz brilha intensamente ofuscando os olhos dos monstros e em seguida, o corpo da garota é envolvida e uma bolha de energia e desaparece do planeta Aquitar.


KANSAS -  ESTADOS UNIDOS DA AMÉRICA

Já passava da meia noite naquela fazenda. Os animais nos cercados começaram a ficar alvoroçados. Os pássaros em volta da fazenda, nas árvores das florestas e mata próximas se sobressaltam voando pelos céus escuros. Os cachorros em um raio de pelo menos dois quilômetros latiam como se pressentissem alguma coisa chegando. É quando no meio do céu do Kansas, uma bolha de energia surge em meio a muita luz e um show de raios que daria inveja a qualquer comemoração com fogos de artifício. A bolha então desaparece e um corpo cai dos céus no teto de madeira de um celeiro que com o impacto do corpo, se despedaça fazendo a personagem desabar celeiro adentro caindo por cima de uma pilha de palha junta ali num canto. Demorou alguns segundos para ela recobrar a sanidade e entender o que tinha acontecido. Ela ainda estava com a caixa bau e com a espada em mãos, e ao analisar tal situação, ela então começa a tentar se levantar. É quando a porta do celeiro vem abaixo com um pesado chute do dono daquela fazenda. O homem armado com uma espingarda ja engatilhada entra no celeiro com a mesma destreza de um fuzileiro invadindo uma base inimiga e com uma lanterna segurada junto ao cano da arma. Trajando uma camisa quadriculada e uma calça jeans acompanhada de uma bota, vestimenta típica de pessoas que trabalhavam pelas fazendas e com uma barba rala ainda por fazer, ele se faz notar pela garota.


Jason: Quem é você e o que tá fazendo no meu celeiro?


A garota mais que rapidamente solta a espada e levanta a mão em sinal de rendição, na esperança de mostrar ao anfitrião, que ela não estava ali para causar mal algum. Porém, ela não largou a caixa.


Alpha: Jason!!Espera por favor, eu não...eu não….


O homem então, desconfiado por ter ouvido seu nome da boca de uma pessoa que ele não conhecia, da um passo para frente aproximando a espingarda do rosto da garota, juntamente com a luz da lanterna que ofuscava sua visão em meio a escuridão do celeiro, fazendo-a virar instintivamente seu rosto.


Jason: Quem é você e como sabe meu nome?


Alpha: Não tenho certeza se você acreditaria.


Jason: Essa arma me diz que você devia tentar a sorte.


A garota então respira fundo, vagarosamente abaixa a mão que estava erguida em sinal de paz e, olhando nos olhos do atual fazendeiro, pronuncia sua explicação.


Alpha: Eu me chamo Alpha. Eu vim de Aquitar, e preciso da sua ajuda. 


Continua…>


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