A gigantesca embarcação mantinha-se parada em meio a imensidão do mar calmo, não havia uma ondulação sequer na superfÃcie aquática, o céu estava azul e sem uma única nuvem. Dentro da sala de controle, o Capitão Mitchell se levantava do chão limpando a poeira de seu terno enquanto olhava ao redor. Alguns dos oficiais ainda estavam no chão. Pouco atrás dele, a Agente Reys ajudava outros a se levantarem. Algumas faÃscas ainda se soltavam de alguns fios sobressalentes expostos. Akira rapidamente volta a sua posição de piloto e começa a apertar alguns botões, religar seu sistema, enquanto os outros pilotos ao seu redor tentam restabelecer seus comandos.
— Estão todos bem? — Pergunta o Capitão, que ao ouvir as respostas positivas dos oficiais envolvidos, segue com suas ordens. — Preciso de um relatório de danos. Motores, estabilizadores, cúpula, e tudo mais que pudermos mensurar.
— Entendido Capitão! — Gritam os oficiais em unÃssono.
Assim que todos tomam suas posições e começam suas tarefas urgentes, o Capitão chama a Agente Reys discretamente.
— Preciso que providencie uma reunião com o Prefeito Collins e o Chefe Stanton imediatamente. — Avisa de forma preocupada. — Os meios de comunicação tradicionais estão comprometidos, por isso vá até eles. Não use carros oficiais para circular lá em cima. Quanto menos alertarmos o público, melhor. Vamos evitar histerias enquanto nos recuperamos.
— Sim senhor! — Responde ela balançando a cabeça de forma positiva e se retirando em seguida.
Após designar as ordens a Reys, o capitão Mitchell vai até Akira. — Como estamos?
— Estamos começando a recuperar o sistemas. Vamos ter visual em três, dois, um — E a imagem de lugar nenhum aparece na tela em frente aos oficiais da sala de controle.
— Onde estamos? — Indaga o Capitão.
— Eu não sei. Estávamos no meio de uma tempestade em mar aberto, mas agora, é como se a tempestade nunca tivesse existido, de tão calmo que está. — Responde ele.
— Calmo demais. — Segue o capitão — Não há uma ondulação sequer na superfÃcie da água. — O capitão então se vira para outro grupo de oficiais na sala — Radares, GPS, bússola, nossa localização? Pelo amor de Deus me digam que temos alguma coisa.
— Capitão, — Chama a atenção um dos oficiais — Os sistemas digitais ainda não funcionam e todos os sistemas analógicos parecem descontrolados. Nesse momento é impossÃvel travar nossa localização.
— Sem qualquer sinal de comunicação externa, Capitão! — Se vira outro oficial em sua direção.
É quando mais um dos oficiais, sentado à frente de seus monitores, chama a atenção de Mitchell.
— Capitão, eu consegui restabelecer as câmeras de vigilância dos portos e acho que temos alguma coisa acontecendo aqui. — Aponta para a tela. — O porto oito na ala norte está sendo invadido.
— Invadido!? — O capitão se aproxima da tela.
O capitão Mitchell, em seu tempo áureo, liderou uma das maiores equipes de Rangers que já existiu na terra. Em sua luta contra as forças do mal, ele viu monstros, seres de outro mundo, quase foi morto diversas vezes por eles, mas depois do evento conhecido como Guerra Lendária, onde de uma só vez, ele perdeu seus dois filhos, achava que jamais voltaria a ver algo como aquilo que estava na tela a sua frente.
Caminhava pelo porto em direção a uma das ruas da cidade um grupo, quase que um exército de seres de cor acinzentada, suas cabeças tinham um formato cônico, nos pulsos tinham uma espécie de grossas pulseiras e nas mãos traziam cada um uma espécie do que parecia ser um porrete, um cacetete ou algo assim. Eles andavam de forma sincronizada marchando pelo local, comandados por outro monstro, esse parecendo ser o lÃder da tropa, pois tinha uma constituição diferente, era azul, braços longos que se estendiam até a altura dos joelhos, e sua cabeça era pontiaguda.
— Já faz anos que não vÃamos algo assim! — Diz o capitão incrédulo.
— Estou direcionando as informações para a sede dos Guardiões de Prata. Eles devem cuidar disso. Certo senhor? — Pergunta o oficial meio em dúvida.
— Eu espero que sim! Responde.
Na sede dos Guardiões, após conseguirem se reorganizar, todos os Guardiões de Prata disponÃveis deixam o prédio, adentrando os veÃculos no estacionamento. Seis furgões na cor preta cantam pneus deixando o local seguidos por um comboio de pelo menos dez motocicletas, todos em direção ao porto oito para impedir a ameaça que se aproximava da cidade.
Billy e Elizabeth estavam se levantando ali na calçada, quando são surpreendidos pelo comboio de carros e motos dos guardiões que passava por ali em alta velocidade com suas sirenes ligadas, desviando dos carros batidos e tombados espalhados pela rua, de onde as pessoas, em sua maioria com ferimentos leves saiam. Um caminhão de bombeiros e uma ambulância chegam logo em seguida estacionando no local. Seus ocupantes começam a se espalhar pelo lugar socorrendo as pessoas.
— Caramba! Isso escalou muito rápido. — Diz o Billy.
— Tá acontecendo alguma coisa! — Ela fala em tom de certeza. — O porto oito não fica pra aquele lado? — Perguntou ela apontando a direção para onde os carros dos guardiões se dirigiam.
— Eu tenho quase certeza que sim.
Sem pensar duas vezes, Elizabeth começa a correr seguindo a mesma direção tomada pelos carros dos guardiões. Por algum momento Billy hesita, olha para as pessoas precisando de ajuda em volta, olha para Elizabeth que corria. Ele percebe que os atendentes das ambulância e os bombeiros já estavam ali fazendo o seu trabalho então toma a decisão de correr atrás da moça.
Rapidamente todos os furgões dos Guardiões chegam a área do porto, dando seus “cavalos de pau”, fazendo suas manobras e parando próximos um dos outros criando uma barreira entre os invasores e a cidade. As portas de trás dos furgões se abrem e os soldados treinados e armados com rifles especiais, metralhadoras, alguns com pistolas, se posicionam atrás dos veÃculos usando-os como proteção. O grupo de soldados invasores param sua marcha surpresos com o surgimento repentino de uma possÃvel resistência. De um dos furgões, o Chefe Stanton desce, ele passa pela barricada formada pelos veÃculos, e caminha alguns passos ficando frente a frente com o aparentemente lÃder dos invasores. De trás dos carros que formavam uma barreira de proteção, os Guardiões apontavam suas armas. Um silêncio se manifesta de forma incômoda, até que o ser desconhecido resolve se pronunciar.
O ser gira sua cabeça olhando em volta — Hum! Que embarcação curiosa. — Diz com uma voz quase que sussurrante. — Nunca vi algo assim nesse mundo.
Nesse mundo? — Pergunta, Stanton.
Como vocês chamam isso? — O monstro ignora a pergunta de Stanton.
— Atlântida! — Stanton responde de forma curta e seca.
— Suas estruturas são enormes. Vocês parecem ter muitos tesouros escondidos aqui. — deduz o ser de corpo azul. — Nós vamos levar tudo.
— Vocês não vão levar nada! — O chefe Stanton se impõe. — Em primeiro lugar, quem são vocês?
— Hum. É justo saberem o nome daquele que vai escravizá-los e se apoderar de suas riquezas. Eu sou Cássios! Poderoso guerreiro da Ordem Pirata. — Se identifica o invasor.
— Já enfrentamos ameaças como vocês antes. — Rebate o Chefe dos Guardiões. — Eu só vou dar um aviso. Saiam de Atlântida agora, ou eu não me responsabilizo pelas consequências.
O olhar do invasor brilha em um vermelho intenso. — Isso me parece um desafio. Eu gosto de desafios.
Apenas levantando um de seus braços e o baixando novamente, seus soldados entendem e atendem a ordem. — Ataquem!!
Os soldados cinzas desobedecendo à s leis da fÃsica saltam ganhando os céus e pousando em seguida em cima dos furgões, atrás da barricada e em diversos pontos estratégicos, surpreendendo a maioria esmagadora dos Guardiões de Prata que estavam ali. Um dos invasores acerta com o seu tacape o maxilar de um dos Guardiões fazendo-o voar por cima de um dos furgões e cair rolando pelo chão, outro Guardião é pego pelo colarinho e arremessado contra outros dois levando-os ao chão junto consigo. Os soldados invasores que ainda não haviam atacado se posicionam ao lado de seu lÃder Cassios, e convertendo seus bastões em uma espécie de metralhadora, começam a atirar contra os outros guardiões e seus veÃculos. O Chefe Stanton, com as habilidades que sua idade ainda lhe permitia, em meio a confusão, se joga por cima do capô de um dos carros rolando para trás do veÃculo blindado enquanto os tiros explodem na lataria, janelas e pneus. Outros Guardiões que conseguiram se livrar do primeiro ataque também começam a atirar trocando tiros contra os soldados, porém suas armas mesmo atingindo em cheio os inimigos só surtiram efeito depois do quarto ou quinto disparo, demonstrando que o inimigo era mais resistente.
Os guardiões começavam a ser atingidos pelos disparos dos inimigos e iam caindo enquanto outros continuavam atirando, protegendo seus parceiros e mantendo os soldados afastados o máximo que conseguiam. Um dos soldados que saltara ao primeiro ataque já havia atravessado a barreira e avançado em direção a área central da cidade, enquanto os que atiravam cessaram fogo ao comando de Cassios, que por sua vez, não esboçou nenhum esforço, até agora.
Com o cessar fogo, o silêncio imperou mais uma vez, alguns Guardiões feridos estavam espalhados pelo chão, outros com seus corpos colados atrás das barricadas formada pelos veÃculos aguardavam ordem de Stanton enquanto que este por sua vez, se levanta lenta e cuidadosamente para averiguar a situação, e é nesse momento que ele percebe que Cassius já estava em cima dele, apontando na direção de seu rosto um de seus braços longos com suas garras afiadas e prontas para fazê-lo em pedaços.
— Sua resistência é inútil, e tal afronta será punida com a morte.
É quando ao se preparar para atacar Stanton de forma mortal, ouve-se um tiro, que explode na parte de trás do ombro direito de Cássios fazendo-o se virar. Com o impacto, e também o susto, Cassios se afasta de Stanton que por sua vez se joga no chão para se proteger de um possÃvel segundo tiro, decisão que se comprovou muito acertada quando não só um segundo tiro, mas um terceiro, um quarto e um quinto agora acertando com um impacto fulminante o peitoral do lÃder da tropa invasora, o leva a dar mais alguns passos para trás e cair no chão a frente de seus comandados.
Um pouco de fumaça decorrente dos tiros se ergueu no local. Stanton se levanta rapidamente — Quem, quem disparou esses tiros — Grita ele buscando um dos Guardiões que tomou a decisão que salvou sua vida. Porém, todos os guardiões ali ainda de pé, balançaram sua cabeça de forma negativa as esperanças do Chefe.
Silêncio, e de repente, barulhos de passos são ouvidos, se aproximando de forma lenta e gradual. A cada passo ouvido, a apreensão do chefe aumentava, enquanto do lado inimigo, Cassius era auxiliado a se levantar por seus subordinados cinzas.
Os olhos dos Guardiões e de Stanton mal puderam acreditar quando a silhueta do novo jogador sai de dentro da fumaça se revelando totalmente.
— Aquilo…aquele é.. — As palavras mal saiam de sua boca — Um Power Ranger?
O homem que acabara de adentrar o palco usava um capacete vermelho com um sÃmbolo que remetia a pirataria no meio da testa do capacete. Sua roupa também parecia inspirada em piratas, sendo essa predominantemente vermelha, por cima de um colã preto. No meio do peito trazia consigo o mesmo sÃmbolo do capacete.
Ele se aproximava com braço esticado, uma arma na mão direita apontada na direção de Cássios que acabara de se levantar, uma espada na mão esquerda, cuja a lâmina estava apoiada no ombro do mesmo lado, e cada passo a frente era dado de forma vagarosa, porém imponente. A arma em mãos se assemelhava a uma pistola de pederneira muito utilizada no século dezenove, porém com um visual detalhado em vermelho, com um sÃmbolo pirata na lateral. A espada apoiada em seu ombro era um cutelo, estilos de lâminas geralmente utilizadas por piratas, e que também traziam algumas mudanças em sua estrutura, pois a lâmina possui detalhes em metal vermelho e entre o limite da lâmina e o cabo, o sÃmbolo, o mesmo da arma, se fazia presente. Ainda no limite entre a lâmina e o cabo, acoplado na lâmina havia uma espécie de cilindro prateado, mesmo apetrecho que a arma apontada para Cássios também possuÃa.
— Você !!! — Cássios esbraveja com demasiado ódio de quem já conhecia seu oponente — Tem dado muito trabalho a Ordem Pirata. Peguem ele!! — Ordena.
Nesse momento, um pouco mais afastados da barricada, aparecem Billy e Elizabeth.
— Beth, você tá vendo isso?
Elizabeth apenas consente com a cabeça e já busca em sua bolsa seu celular e prontamente começa a filmar o que acontecia.
Os poucos soldados que restaram ao lado de Cássios partem pra cima do suposto Ranger que dispara sua arma mais uma vez por diversas vezes, os tiros atingem em cheio o peitoral e cabeça de vários dos soldados a frente que vão ao chão, e os que restaram continuam avançando alcançando o Ranger. O primeiro ataque é desferido pelo soldado cinza com um golpe de seu bastão de cima para baixo que é prontamente defendido pela lâmina do pirata vermelho colocada em posição horizontal acima da cabeça. Ele empurra sua lâmina para cima fazendo o soldado se afastar e em um golpe na vertical de cima para baixo ele atinge o corpo do soldado ao meio provocando uma explosão no peitoral e o fazendo-o ir ao chão. Em seguida, num movimento rápido, girando o corpo em trezentos e sessenta graus, ele usa a lâmina atingindo todos os soldados a sua volta provocando explosões em seus corpos e fazendo-os cair ao seu redor. Assim que o último soldado encontra o chão, em um movimento rápido ele joga a arma e a espada no ar, trocando-as de mãos, agarrando-as novamente e correndo para cima de Cássios já disparando seus tiros contra o inimigo. Cássios em movimentos rápidos consegue desviar de todos os tiros. Cássios com seus braços longos ataca, mas o pirata vermelho consegue desviar do braço inimigo se abaixando, girando o corpo enquanto passa por ele. Ao ficar frente as costas do inimigo ele desfere um corte criando um arco com a lâmina que atinge a espinha de Cassios fazendo-o dar passos para frente e cair de cara no chão.
— Maldito!! Miserável — Ele grita com ódio enquanto se levanta apoiado por alguns de seus soldados ainda de pé.
Enquanto Cassios esbraveja sua raiva, o suposto Ranger aperta um pequeno botão na fivela de seu cinto que faz revelar uma espécie de miniatura de sua imagem. Ele remove essa miniatura de sua imagem da fivela do cinto, e ao apertar os dois botões no meio da miniatura, a parte abaixo dos botões se retrai para cima revelando-se uma chave. O cilindro entre a lâmina da espada e o cabo é acionado e se destaca da estrutura, o Ranger encaixa sua chave no cilindro e o fecha de volta ao seu lugar. A lâmina começa a brilhar de forma intensa e em cores vibrantes. Ele gira de forma ameaçadora sua espada e quando Cássios resolve partir para cima para atacar junto de seus asseclas, o Ranger joga sua lâmina para frente sem soltá-la, movimento que faz com que o laser gerado pela união da chave ao cilindro seja desprendido da lâmina voando em direção a Cássios. Não houve tempo para que o integrante da Ordem Pirata esboçasse nenhuma reação. O laser o atinge em cheio e uma explosão acontece no porto oito levantando uma quantidade absurda de chamas. O impacto da explosão fez com que os guardiões atrás das barricadas formadas pelos carros e motos fossem ao chão. Stanton também se protege atrás de um dos furgões enquanto um pouco afastados, Billy se joga no chão junto com Elizabeth protegendo-a.
Após a dispersão da fumaça gerada pela explosão, de trás de um dos carros o Chefe Stanton se levanta direcionando seu olhar para o Pirata vermelho que o encarava.
— Cerquem ele! — Grita Stanton, dando a ordem para que todos os guardiões ainda de pé avançassem cercando a figura. Os guardiões se aproximam formando um cÃrculo em volta do intruso da gigantesca embarcação cercando-o e apontando suas pistolas e metralhadoras. Com apenas um pensamento, ou pelo menos foi o que pareceu aos olhos humanos, a espada e a arma do Ranger desaparecem de suas mãos, como se fossem transportadas para outro lugar, e após esse evento o intruso levanta suas mãos, e pela primeira vez, mostra sua voz.
— Eu não estou aqui pra machucar ninguém. Eu só vim ajudar. — Diz em sua defesa.
Cercado pelos guardiões, o Chefe Stanton se sente seguro para se aproximar.
— Já fazem mais de dez anos que não vemos nenhum Ranger. Por que eu não fico surpreso de ver um logo aqui em Atlântida? Pode abaixar suas mãos — Ordena Stanton em uma demonstração de paz.
— Você disse “Ranger” ? — Pergunta enquanto abaixava suas mãos — Eu não estou familiarizado com esse termo.
— Então, você não sabe o que é um Power Ranger ? — Pergunta o Chefe, incrédulo.
— A sua embarcação — Começa dando uma breve olhada em volta — apareceu na minha frente do nada. Eu só entrei aqui porque percebi que a Ordem Pirata estava invadindo, e eu tenho pendências a resolver com eles. Quando ameaçaram sua tripulação, eu apenas reagi pra defendê-los.
O chefe Stanton respira fundo demonstrando uma insatisfação com a explicação, mas sabia que aquele a sua frente, pelo menos naquele momento, não aparentava ser um inimigo, então, assumindo o risco, ele ordena com um movimento de mão para que os Guardiões em volta, abaixem suas armas e dêem dois passos para trás.
— Nós agradecemos a ajuda. Mas se for possÃvel, eu gostaria que você deixasse sua luta contra essa ordem pirata fora dos domÃnios de Atlântida. Eu não gostaria de ter que envolver meus soldados na sua guerra.
— Minha embarcação está danificada. — Explica — Acabou se danificando assim que eu me aproximei de um de seus portos. Logo que eu a concertar, eu partirei. Tem minha palavra.
O suposto Ranger então começa a caminhar saindo pelo mesmo lugar de onde veio seguindo na direção da entrada do porto oito.
— Mas saibam que quando a Ordem Pirata quer uma coisa, eles não descansam enquanto não conseguem. Tenham cuidado.
Uma densa fumaça que tomava conta do local vai se dissipando à medida que o suposto ranger vai se afastando do local do combate, e quando a fumaça se dissipa, surge diante dos olhos de todos ali no porto um navio ancorado. Uma embarcação antiga, madeira velha que alternava entre cores fortes e escuras demonstrando o sofrimento infligido ao material pelo passar do tempo. Em uma escada velha que ligava o navio ao chão do porto, o homem de vermelho sobe acessando o convés. De lá de cima ele encara por alguns minutos os personagens daquela cidade flutuante, e depois desaparece adentrando sua embarcação.
Stanton dá meia volta e caminha na direção de um dos furgões acompanhado de um dos guardiões ao seu lado. — Quero vigilância constante nesse navio, pode providenciar isso com a sala de controle. Levem os guardiões feridos ao hospital da cidade e faça um relatório de quantos ainda conseguem lutar e os coloque de prontidão. Quero saber como anda nosso estoque de armas e munição. Tudo pra ontem! — Ele entra no carro do lado do carona enquanto outro guardião acessa o furgão do lado do motorista, fecha a porta e liga o veÃculo. Todos os veÃculos saem do local em comboio da mesma forma que chegaram. Os veÃculos passam por Billy e Elizabeth que por instinto jornalÃstico ou algo do tipo, guarda no bolso rapidamente seu celular.
— Você viu aquilo ? — Pergunta Billy ainda incrédulo.
— Sim! Não só vi — Ele pega o celular do bolso e mostra para ele — Eu gravei!
— A gente tem que achar o Dylan! — Diz ele ao mesmo tempo que sai andando.
— O Dylan? Por que? — Sai andando seguindo o amigo.
— Porque ele é uma espécie de aficionado por Power Ranger. Ele estuda esse assunto desde que eu o conheci na faculdade. Ele precisa saber o que aconteceu aqui!
Afastado dali, alheio ao que acontecia, embaixo de algumas estantes de livros caÃdas sobre seu corpo, Dylan acordava, olhava em volta e percebia sua visão meio embaçada, tateava o espaço a sua volta procurando seus óculos, que por sorte, encontra a alguns centÃmetros a frente de seu corpo apenas esticando o braço. Ao colocar os óculos finalmente consegue entender a configuração do local onde estava. Com o “terremoto” provocado pelas gigantes ondas que atingiram Atlântida durante a transição pelo portal misterioso, a maioria das estantes da biblioteca no centro da cidade estavam no chão, algumas em cima dele. Se arrastando, ele saiu debaixo de uma das estantes e ficou de pé. Olhando em volta, apenas ele estava por ali. Aparentemente os outros estudantes, leitores e a assistente de atendimento já haviam saÃdo do local. Ainda um pouco atordoado, ele ouve, bem ao longe um grito, algo ainda meio indecifrável de entender aos ouvidos e sentidos bagunçados, mas aos poucos, ele vai retomando sua consciência plena, e finalmente entende o grito de socorro. O som vinha do lado de fora, e imediatamente ainda meio desengonçado, ele caminha para fora do estabelecimento e acessa a rua. O cenário que ele encontra não era de total destruição, mas uma bagunça suficiente para preocupar as autoridades. Alguns carros estavam batidos uns nos outros, outros carros tombados, postes caÃdos ou inclinados e fios que em intervalos intermitentes de tempo explodiam em faÃscas demonstrando ainda estarem energizados.
Um pouco a frente, um poste ao lado de uma picape Toro que acabara de se chocar, e um homem com a metade do corpo preso por baixo da estrutura cônica de concreto. Atrelado ao poste, dois fios ainda energizados estavam prestes a serem atingidos pelo combustÃvel que vazava do tanque de combustÃvel pelo asfalto. E ali, tentando levantar a estrutura de concreto sem sucesso, uma garota, usando um vestido branco, sapatos pretos, cabelos castanhos amarrados em rabo de cavalo, olhos castanhos, tentava puxar o rapaz para fora do perigo, em vão.
Ao perceber a situação que se desenrolava, Dylan rapidamente toma a iniciativa e corre para ajudar.
— Vocês precisam de ajuda? — Diz ele se aproximando da garota.
— Meu namorado tá preso! — Ela fala imediatamente com a esperança de salvá-lo.
Naquele momento Dylan reconheceu o rapaz com parte do corpo preso. Era Sam Miller, o mesmo garoto que a tempos atrás o agrediu fÃsica e emocionalmente. Porém, não era hora de pensar sobre isso, era hora de ajudar. Ele olha em volta e em seguida se afasta dos dois, desaparecendo em meio a fumaça.
— Ei!! Onde você vai? — Grita a garota em desespero. — Me ajuda tirar ele daqui.
Ela olha desesperançosa por alguns segundos em meio a fumaça que se levantava, até que Dylan resurge novamente com uma barra de ferro, provavelmente uma estrutura de ferro que dava sustentação a alguma placa. A garota, incrédula, fica olhando para ele tentando, em sua mente, entender o que ele pretendia fazer.
— Arrgrhh!! Caramba cara, faz alguma coisa!! — Grita Sam em desespero.
— Cala a boca. — Grita Dylan nervosamente, que olha em volta, e ao avistar uma pedra, um pequeno pedaço de concreto, ele a pega e a coloca próximo ao poste. Em seguida, ele pega novamente a barra e coloca sua ponta por debaixo do poste apoiando-a no pedaço de concreto, formando uma espécie de alavanca de sustentação, e então, utiliza seu corpo como peso, e com isso, consegue levantar alguns centÃmetros do poste caÃdo por cima de Sam, o suficiente para que a garota o puxasse arrastando-o para fora. Dylan então solta a barra de ferro, e vai até a garota que junto com ele levantam Sam um de cada lado apoiando-o sobre os ombros.
— Temos que nos afastar agora. — Eles correm enquanto uma faÃsca lançada do fio eletrocutado, atinge o combustÃvel no chão. Uma explosão acontece lançando o corpo dos três jovens ao chão com o impacto, enquanto o veÃculo que bateu no poste e parte ali da rua são consumidos em chamas que se arrastam pelo asfalto encharcado de combustÃvel.
Um pouco afastada do local da explosão recente, a Agente Carla Reys acabava de estacionar sua moto na frente da prefeitura. Ela desce do veÃculo, olhando na direção da explosão, mas decide entrar na prefeitura primeiro para saber se o Prefeito Collins se encontrava bem após o “terremoto”. Trajada com roupas civis, uma calça bege não colada ao corpo, com uma bota preta, camisa preta e um coldre com uma arma na cintura, ela entra no local. Ao entrar percebe o quanto todo aquele “sacolejo”, da cidade prejudicou o recinto. Monitores quebrados ao chão, o fornecimento de energia ao prédio jazia interrompido, o que deixava o ambiente escuro. Conforme vai avançando para dentro ela percebe uma movimentação suspeita na direção da sala do prefeito, onde o Sr Collins deveria estar. Ela saca sua arma apontando-a para frente pronta para atirar caso qualquer coisa ou pessoa aparecesse de surpresa na sua frente, e assim, com a arma em punho ela avança em direção a sala do prefeito driblando mesas e cadeiras pelo chão . É quando um dos soldados invasores surge saltando para cima dela, que com um ótimo reflexo, se joga dando uma cambalhota pelo chão e levantando-se rapidamente apoiando o joelho esquerdo ao chão e disparando várias vezes sua arma contra o invasor que com uma velocidade nunca vista pelos olhos da garota, defende com seu tacape todos os tiros disparados. Em seguida, o ser cinza avança desferindo um golpe na mão da agente fazendo sua arma voar pela sala e cair no meio de um monte de papéis e livros no chão. Outro golpe em seguida desferido pelo soldado faz a garota dar uma mortal para trás desviando do ataque, e assim que fica de pé, gira o corpo com o pé direito ao chão e com o esquerdo acerta um chute suficiente forte para mandar o soldado pelo menos um metro para trás fazendo-o cair sobre uma mesa rolando por ela e indo ao chão.
O soldado se levanta por de trás da mesa, e dessa vez, seu tacape estava apontado para a Agente como se fosse uma arma a ser disparada, e, por mais que aquilo não fizesse sentido na cabeça da experiente combatente, sua intuição se provou correta quando da ponta da arma, alguns lasers se soltam em sua direção. Ela se joga por trás de outra mesa enquanto os lasers disparados explodem em cima do móvel e em volta, ela então dá um rolamento cobrindo a distância entre ela e a arma que outrora lhe foi tirada. Agarrando a arma ela pula para trás deslizando pelo chão da sala até ficar a uma distância segura e conseguir uma mira limpa. Assim que o soldado invasor entra em sua mira ela dispara uma, duas, três, quatro, e várias outras vezes descarregando o pente de munição contra o invasor acertando-o na cabeça em todas as vezes, até que o seu atacante larga o tacape no chão, e segundos depois cai, já não manifestando mais nenhum sinal de vida.
A agente Reys respira bem fundo antes de se levantar, e, quando consegue recuperar o fôlego, caminha alguns passos na direção do soldado caÃdo, mas antes mesmo que ela pudesse chegar perto do inimigo abatido, o corpo do mesmo explode de repente, fazendo-a ir ao chão mais uma vez. A fumaça sobe no lugar e em meio a ela, a porta da sala do Sr Collins se abre.
— Ei, você!? — Ele sinaliza sua presença com sua voz. — Você está bem?
— Senhor Collins! É o Senhor? — Ela pergunta enquanto se levanta novamente colocando sua arma ao coldre. — O senhor se machucou?
Finalmente com o baixar da fumaça a Agente Reys consegue ver o Sr Collins que se aproximava dela. Seu supercÃlio sangrava e seu rosto do lado direito estava um pouco inchado e seu terno caro, completamente empoeirado.
— Eu estou bem — Dizia ele enquanto passava o dedo pelo sangue que escorria de sua testa. — Isso não é nada. O que foi tudo isso?
— Nós fomos invadidos.
— Invadidos? — Pergunta ele incrédulo. — Como assim invadidos?
— O Senhor e o Chefe Stanton devem se reunir com o Capitão Mitchell imediatamente. Stanton já deve estar no centro de comando. Eu vou levar o senhor até eles.
— Ótimo, vamos indo — Diz ele passando as mãos pelos cabelos grisalhos. — Mas antes de mais nada eu preciso entrar em contato com uma pessoa.
— Senhor, — Fala a Agente — Entendo que o senhor possa ter outras prioridades, mas a cidade está um caos. As pessoas estão com medo. Precisamos nos reunir rapidamente, entender o que está acontecendo e dar um retorno rápido aos cidadãos da cidade.
— Mas… — Retruca ele — É minha filha, ela pode estar por aà precisando da minha ajuda
— Senhor, eu pessoalmente vou procurar e garantir que sua filha fique bem, mas por favor eu lhe peço, venha comigo agora. — Responde.
Por um momento Collins pensou a respeito. Suas responsabilidades com a cidade, nesse momento, pelo menos nesse momento estava acima de qualquer problema pessoal. Suas responsabilidades como prefeito estavam se colocando à frente de sua preocupação com sua filha. Ele não podia simplesmente sair. Então… — Muito bem, vamos lá.
Não se preocupe senhor, assim que deixá-lo na reunião, eu vou procurar sua filha. — Diz Reys enquanto caminha conduzindo o prefeito pela porta.
…….
Duas horas mais ou menos se passam logo após a passagem pelo misterioso portal e a invasão do porto 8. No prédio batizado de Centro de Comando, no último andar, na luxuosa sala de reuniões, uma reunião convocada pelo Capitão Mitchell se iniciava. Ao redor de uma mesa em formato circular com o sÃmbolo dos guardiões de prata em relevo estavam os principais representantes das três frentes que regem a cidade de Atlântida, Senhor Collins, Chefe Stanton e por fim o Capitão Mitchell. Os três discutiam nesse momento sobre todos os eventos recentes que assolaram a cidade. Alguns passos afastados mas próximos estavam alguns oficiais da sala de controle, outros policiais que acompanhavam Stanton e o Sr Collins.
— …E ao que parece nós fomos tragados por uma espécie de portal e viemos parar…no que parece ser…sei lá…outro mudo — Começa Mitchell ainda sem saber exatamente como explicar.
— Outro mundo! — Stanton repete as palavras de Mitchell, com a mão esquerda apoiando o queixo, de forma pensativa. — Agora as palavras do Pirata Vermelho e dos outros invasores fazem sentido. Se tem uma coisa que podemos cravar com toda a certeza é que não estamos mais na terra.
— Se não estamos mais na terra, onde diabos estamos? — Pergunta Colins.
Capitão Mitchell então se levanta de sua cadeira e começa a circundar a mesa enquanto fala — Precisamos focar no que sabemos agora. Estamos em outro mundo, perdemos comunicação externa, fomos invadidos por um grupo que se denomina “Ordem Pirata”, e agora temos ancorado em um de nossos portos um navio pirata com um Ranger Pirata a bordo.
Stanton sorri — Tratando-se de nós três, nem dá pra dizer que tudo isso é muito absurdo.
— Bom, vamos resolver o que pudermos nesse momento. — Segue Sr Collins — Eu vou cuidar pessoalmente para que todas as avarias estruturais na cidade sejam concertadas.
— Do meu lado, vou continuar monitorando o navio do visitante. — Diz Stanton. — Também deixarei todos os guardiões de prata de prontidão para uma possÃvel nova invasão. Vamos revezar turnos para que tenhamos vigilância vinte quatro horas.
— E eu... — Começa Mitchell — …assim que tivermos o relatório completo dos danos aos motores e estabilizadores, avisarei vocês. Vamos nos comunicando durante esse tempo.
Mitchell olha em volta — Onde está a Agente Reys? — Pergunta?
Senhor Collins se levanta — Eu peço desculpas Capitão Mitchell, eu pedi a ela que verificasse a segurança de uma pessoa pra mim. — Segue ele explicando — Como havia urgência em nos encontrarmos, ela se predispôs a me ajudar.
— Ha…Ok…Acho que não há problemas quanto a isso. — Responde demonstrando um certo alÃvio. — Bem, assim que ela retornar, peça que dirija-se imediatamente à sala de controle, por favor!
………….
O dia na cidade de Atlântida correu de forma apreensiva para a maioria da população. Carros da PolÃcia dos Guardiões de Prata transitavam pelas ruas, em sua maioria avariadas pelo terremoto provocado pelo baque das gigantes ondas. Caminhões de manutenção espalhados pela cidade transportavam vários técnicos que faziam seu trabalho. Os cidadãos assustados ficaram em suas residências.
Na sala de controle, o Capitão Mitchell seguia dando ordens e vistoriando os concertos das avarias, acompanhando seus técnicos que substituiam aparelhos danificados como telas, CPUs, entre outros itens.
— Como estamos com os motores senhores — Capitão Mitchell pergunta enquanto joga na mesa mais uma prancheta com relatórios concluÃdos.
— Estamos quase concluindo todas as vistorias, senhor — Responde um dos oficiais.
— Ok, vamos seguir nos esforçando. Temos que colocar esse barco em movimento. — Incentiva o Capitão.
……………
A noite cai trazendo uma falsa tranquilidade aos cidadãos de Atlântida. Em uma das ruas da área residencial, onde ficavam alguns dos alojamentos, em um dos prédios de cinco andares, ali no quinto andar, ficava o alojamento de Dylan Olsen. Um apartamento pequeno de quarenta e cinco metros quadrados. Na cozinha, Dylan preparava um macarrão. Na pequena salinha que possuÃa um sofá com uma mesa de centro, onde vários papéis estavam jogados, demonstrando que ele, naquela hora, ainda trabalhava em algo que ele chamava de tese investigativa.
Ao concluir o cozimento de seu macarrão, ele ouve a campainha tocar. Uma reação de surpresa em um primeiro momento, pois num horário daqueles visitas de amigos não era comum, e também, por que ele não tinha nenhum conhecido com intimidade o suficiente para incomodá-lo naquele horário.
Mesmo apreensivo ele vai até a porta, mas não a abre por completo, apenas uma fresta, deixando seu rosto a amostra para os visitantes, que de pronto já iniciam a conversa.
— E ai Dylan, como você tá? — Billy perguntou tentando quebrar o gelo.
— Ta tarde — Responde de forma seca. Olhando em volta Dylan percebe que Billy não está sozinho. Elizabeth estava logo atrás dele.
— É eu sei — Billy segue. — Mas nós precisamos conversar.
— Tá tarde. Eu to cansado e preciso dormir. — Insiste. — Isso não pode esperar até amanhã.
Demonstrando estar de saco cheio da resistência do anfitrião em recebê-los, Elizabeth saca seu celular, levantando-o a altura do rosto de Dylan, mostrando a ele o vÃdeo que ela gravou durante a invasão da Ordem Pirata.
— Caramba!! — Exclama com os olhos arregalados — Onde você conseguiu isso?
— Esse cara de vermelho apareceu no Porto Oito depois do terremoto. — Explica Elisabeth. — E esses caras — Aponta para a tela mostrando os monstros — Invadiram nossa cidade e foram impedidos por ele.
— Ele é …? — Dylan indaga.
— É sim. Um Power Ranger — Confirma Billy. — Podemos entrar agora?
A cidade de Atlântida atravessa um portal para outro mundo é invadida por um grupo de monstros que se apresentam como A Ordem Pirata. Juntamente com esses acontecimentos surge, depois de mais de dez anos, um novo Power Ranger, porém, aparentemente ele não se entende como tal herói. Quem será esse herói? Quem são ou o que é a Ordem Pirata? A nova jornada se inicia e mais perigos se aproximam da cidade ameaçando a sobrevivência de seus tripulantes.
4 Comentários
Se tem algo que preciso destacar sempre é como seus textos são empolgantes e tão bem escritos e bolados que fazem até alguém como eu, que nunca gostei da franquia Power Rangers, imergir nesse mundo que você criou e até mesmo torcendo pelos personagens e esperando ansioso pela continuidade da sua história, uma história de Power Ranger, veja só você...
ResponderExcluirSobre esse capÃtulo em si eu adoro o modo como você equilibra muito bem o desenvolvimento dos personagens, tanto dos que já foram Rangers e agora lideram a Atlântida, como os personagens que possÃvelmente se tornarão os novos Rangers. Todos são bem descritos, tridimensionais e deixam o leitor torcendo muito por cada um deles.
Não fica para trás a construção dessa cidade/ilha/navio, que fica mais interessante conforme vai sendo mostrada, seja como assunto principal ou como pano de fundo, o que deixou a invasão da ordem Pirata e, vamos ao grande destaque, a chegada do Ranger Vermelho.
Uma chegada impressionante, ação bem coreografada, o destalh do link com a imagem da pistola foi uma ideia ótima, quem quer ver durante a leitura clica ou se não quiser interromper a leitura pode conferir depois, não fica com uma quebra de imersão "forçada". Muito bom mesmo.
E um gancho final bem trabalhado, mostrando como se faz uma deixa como essa, sem precisar ser com uma explos]ao ou algo do tipo.
Meus parabéns cara! Que venha logo o próximo capÃtulo!
PS. Quanto ao agradecimento inicial, sou eu que agradeço pela chance de ler antes de todo mundo e, o que me deixa mais honrado, ver que ajudei de alguma forma um texto tão incrÃvel. Valeu mesmo e quando precisar tô pronto.
Grande Norb, agradeço demais aos elogios ao meu texto. Sobre a questão da cidade, eu sou facinado por esse tema, de cidades que se movem, que voam no espaço, colonias e essas paradas. Acho que da espaço pra viajar bem mais nas ideias do que pautar a historia em uma cidade que ja existe e também não vamos enganar, pra mim é uma saida bem mais facil também rsrs. Muito obrigado pela leitura e o tempo que desprendeu para fazer a leitura beta. Esse processo ja entrou como parte do meu processo de criação, o que serviu pra que eu identificasse algumas manias que tenho e que podem ser melhoradas. Valeu!!
ExcluirNesse capÃtulo, a narrativa ganha os contornos necessários para que possamos entender o que aconteceu após o evento cataclÃsmico do episódio anterior.
ResponderExcluirUma invasão pirata seguida de uma aparição de um suposto Ranger vermelho que, como você mencionou no final, não se reconhece como tal.
Conforme seu estilo, o texto focou no detalhamento das cenas, deixando-as bem tridimensionais. numa sequência de ação muito bem conduzida.
Parabéns!
Grande Antonio, obrigado por sua leitura e seu comentário. A partir desse do próximo episódio espero conseguir contextualizar mais esse universo que estou propondo e trazer mais elementos a serem desenvolvidos ao longo dos episódios e seria uma honra poder contar com sua leitura, opiniões e comentários. Valeu mesmo!!
ExcluirObrigado por comentar